O copo jaz sobre a mesa, vazio, e fico a mirá-lo em minha inata curiosidade em descobrir se há algum simbolismo esotérico no fato de ele estar próximo à extremidade que aponta para o Sul.
Estamos em uma comunhão solitária e, em meu desarrazoado raciocínio, tenho comigo que ele também me fita. Seria ele, o copo, ou minha alma doente que estaría desejando ser novamente preenchida?
Infiro que seja o copo, até pelo jeito que ele se porta, com sua inquisitiva imobilidade, as bordas convidativas, prontas a receber qualquer coisa, desde que não perca sua função de objeto pelo qual se bebe. Mas não estou convicto.
O copo está vazio e me desafia, sem intentar, a embocar toda sabedoria e desgraça do mundo, com uma felicidade cega, que não sei de onde vem, mas que existe e traz ímpetos de festar por todo o sempre, mesmo que não haja razão, embora motivo sempre haja.
Percebo, então, que o copo pode, muito mais que eu, ter alguma serventia e rendo-me. O copo não mais está vazio; o vácuo é meu.
Estamos em uma comunhão solitária e, em meu desarrazoado raciocínio, tenho comigo que ele também me fita. Seria ele, o copo, ou minha alma doente que estaría desejando ser novamente preenchida?
Infiro que seja o copo, até pelo jeito que ele se porta, com sua inquisitiva imobilidade, as bordas convidativas, prontas a receber qualquer coisa, desde que não perca sua função de objeto pelo qual se bebe. Mas não estou convicto.
O copo está vazio e me desafia, sem intentar, a embocar toda sabedoria e desgraça do mundo, com uma felicidade cega, que não sei de onde vem, mas que existe e traz ímpetos de festar por todo o sempre, mesmo que não haja razão, embora motivo sempre haja.
Percebo, então, que o copo pode, muito mais que eu, ter alguma serventia e rendo-me. O copo não mais está vazio; o vácuo é meu.
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