Advogados

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Helicóptero tucano

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O piloto sumiu

Preciso compartilhar.

Lendo O Velho Capitão, do jornalista, escritor e compositor jauense David Nasser, deparei com divertido trecho no capítulo Patagônia, que leva o intertítulo O Vento.

Nasser escreve pequena passagem que teria ocorrido com Newton Braga, que participou do Raid Itália-Brasil, como navegador do hidroavião Jahú, a convite do empresário paulista João Ribeiro de Barros.

Vamos a ele:

“Dizem que o Brigadeiro Newton Braga, no tempo em que ainda voava, perdeu os seus óculos em pleno espaço. O vento zunia sobre a fuselagem do avião de caça e o bravo e míope caboclo do ar não enxergava nem mesmo os instrumentos de bordo. Descer, sim. Mas como? Era uma água quase cega e agora de asas partidas. Homem de decisão rápida, o ex-tripulante do “Jaú” atirou-se de pára-quedas e deixou o aviãozinho entregue ao próprio destino, planando como uma galinha-d’angola que um anjo sádico houvesse atirado da granja divina.

O brigadeiro aterrissou com os próprios pés, enquanto lá no céu o teco-teco ia perdendo altura, perdendo altura, e suavemente pousava, guiado por um capricho qualquer, há horta de um lavrador bronco, porque só os lavradores e os broncos sabem que neste país quem lavra a terra não tem tempo para ganhar dinheiro. O campônio, tal qual o chamaria Eça de Queiroz em dia de bom humor, meteu os olhos dentro da cabina e não viu ninguém. Olhou por baixo, nada. Ninguém saíra correndo do bojo daquele pássaro de lona. Sem discutir consigo mesmo, o lavrador voltou à choça, trouxe uma corda, amarrou o aparelho a uma árvore e correu à Escola dos Afonsos para avisar que de lá havia fugido um avião.”

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pimenta vermelha


 
 
Molhos e temperos sempre cativaram meu paladar. Valorizam alguns pratos e a outros são indispensáveis. Não concebo comer uma esfirra sem umedecê-la com molho de pimenta vermelha. O versátil bolonhesa torna saborosa qualquer coisa comestível. Nas massas também aprecio sem moderação os molhos branco e pesto. No dia-a-dia, não dispenso a cumari e gosto de abusar do ketchup e da mostarda.
A pimenta vermelha remete a tempos de há muito idos. A memória gustativa guarda lá, em suas prateleiras, os sabores da pipoca do Marcílio Levorato, o Cutia, dos kibes do Abib Soufen, o Bibo, dos pastéis da pastelaria Primavera, da família Kataoka, tudo sempre regado com a boa pimentinha.
O grau de ardência éramos nós quem decidíamos, bastando para isso sacudir o vidrinho de pimenta e despejar a quantidade que apetecesse. Ninguém olhava feio se abusássemos um pouco nessa ação de entornar o conteúdo.
Dia desses, entretanto, constatei, compungido, que o sistema econômico vigente lançou seus tentáculos até mesmo sobre os vidrinhos de pimenta! A busca desenfreada pelo lucro arrancou-me esse pequeno prazer.
Em um estabelecimento que comercializa salgados, pedi uma esfirra de carne e, ato contínuo, solicitei a pimenta. A funcionária mostrou-me uma bandeja sobre a qual havia uma dezena de copinhos para café, cada qual preenchido com um terço do molho.
Fiz menção de levar para a mesa a bandeja com todos os copinhos, mas a funcionária fez-me entender que me cabia apanhar apenas um – aquela coisinha de plástico com um tico de pimenta, que mal daria para bronzear minha esfirra! Triste, mas verdade!
 As coisas mudaram. Para pior.
 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Suamos e lançamos um livro em 2012


2012 - ano em que o mundo acabaria - a historiadora Léa De Ungaro Almeida Prado, minha esposa, e eu mergulhamos no universo da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú (UPD Jaú), Apta, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A UPD, antiga Estação Experimental de Jaú, completou 75 anos e, sob encomenda da Secretaria, registramos tudo em um livro: Terra Roxa - Vida e Ciência na Estação Experimental de Jaú, que foi lançado no dia 7 de dezembro.

Léa fez toda a pesquisa histórica e diversas entrevistas, que foram a base de todo o trabalho.

Foi um período de serviço intenso, corre-corre, noites mal dormidas, mas tudo valeu. Aprendemos muito e acreditamos ter conseguido reunir neste livro grande parte da rica história da Estação Experimental de Jaú.
A secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, Léa Prado e eu

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mario Garrone lança seu 2º livro



O jornalista e escritor  Mario Garrone lança pela Chiado Editora, de Portugal, seu segundo romance, Pequeno Relato sobre o Caos.

A editora com sede em Lisboa é especializada na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos.

A obra mostra como uma cabeleireira negra de 43 anos e um jovem loiro de 19 anos, juntos, podem dar o que falar. E fazer porteiros de prédios desconfiarem e comentarem sobre a conveniência e pertinência de uma mulher negra entrar em um edifício residencial na região da Avenida Paulista sem ser para limpar, cozinhar, lavar e passar.

Paralelamente, há a história do advogado aposentado Alcibíades, que aos 83 anos viaja a Paris com a mulher Dircinha para festejar as bodas de ouro do casal. A paz na vida dele termina em seu retorno ao Brasil.

Nascido em São Paulo e formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Mario Garrone, também é autor do livro O Homem Infeliz, publicado pela editora Imago, do Rio de Janeiro.

Pequeno Relato sobre o Caos pode ser comprado no site da editora www.chiadoeditora.com ou no site www.wook.com.



domingo, 22 de abril de 2012

Geração em 140 caracteres

A Geração Editorial disponiliza para download gratuito o e-book com os contos vencedores do Concurso de Minicontos realizado em 2011. Os textos, produzidos por diversos autores, têm até 140 caracteres. Também estou lá, na página 90, com o miniconto O Copo.

A editora é a mesma que publicou o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que se debruça sobre a chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, o ex-governador de São Paulo, José Serra.

Aos que quiserem dar uma olhadela no e-book com, é só acessar um dos links abaixo.
PDF:
http://www.geracaoeditorial.com.br/geracao140caracteres.pdf
ZIP: http://www.geracaoeditorial.com.br/geracao140caracteres.zip

quarta-feira, 28 de março de 2012

Salve, Millôr! Até qualquer hora!


Deve-se beber moderadamente, isto é, um pouco todos os dias. Isso não sendo possível, beber muito, sempre que der. Mas o abuso, como a moderação, tem que ser aprendido. O amador que abusa tende a ficar desabusado."

Millôr Fernandes