Advogados

domingo, 28 de novembro de 2010

Tigelas


Constantemente, Léa e eu visitamos páginas eletrônicas de lojas na rede mundial de computadores, a internet, para consultar preço de um e outro produto ou nos inteirarmos sobre as novidades.

Léa, como diz a gíria, é "antenada", sempre se mantém bem informada a respeito do que se passa e, invariavelmente, está a me ensinar algo, quer sobre as tendências das construções européias, quer sobre movimentos artísticos, quer sobre tudo.


Dia desses visitamos presencialmente uma loja para comprar lembrança a uma sua amiga que faria aniversário. Ela escolheu uma tigela em porcelana branca, muito bonita, e saimos satisfeitos com a escolha. Em casa, bem mais tarde, perguntou-me:

- O que você achou da bowl que compramos?

Fiquei assim meio sem ação. E antes de indagar sobre o que ela perguntava, ainda tentei remexer os deteriorados arquivos de meu cérebro, na esperança de não estar sendo vítima de mais uma amnésia, até que ela me salvou.

Explicou que bowl é a palavra que se emprega atualmente nas lojas no lugar de tigela. Ainda brinquei que era pena que isso tivesse ocorrido, já que tigela era uma forma muito mais bela de expressar o nome das tigelas. Ou bowls!

Imediatamente me veio à mente o mestre Napoleão Mendes de Almeida, que recomendava o emprego das palavras observando sempre para não ceder às tentações do uso exagerado de estrangeirismos.

Ensinava, por exemplo, que era preferível usar a palavra grampo em vez de clips, sugeria cofre de embarque no lugar de container e condenava o uso de comitê, que definia como palavra inútil, quando temos comissão, junta ou grupo. Mesmo a palavra escore, que consta estar no vocábulo oficial desde 1943, poderia facilmente ser substituída por contagem ou resultado.

Registre-se que o meste admitia o emprego já consagrado de crochê, bibelô, ateliê, chofer, canapé, por considerá-las palavras insubstituíveis, das quais necessitamos e que não temos no português. Assim como aceitava a palavra bidê, ao contrário do poeta e filólogo Carlos Góis, ao mandar que se diga semicúpio (semi, meio; cupa, cuba)

Mendes de Almeida fazia só uma ressalva sobre o aparelho sanitário para lavagem das partes inferiores do tronco: a verdadeira pronuncia deveria ser bidé, com o "e" final aberto. Isso porque vem do francês bidet e, segundo o mestre, o "o" e o "e" fechados no francês dão "o" e "e" abertos no português. Mas isso é história para filólogos.

Pois é, senhoras e senhores. Agora estão a acabar com as tigelas!



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Maria Regina relança Para ser feliz no amor


A psicóloga e escritora Maria Regina Canhos Vicentin relança, dia 18 de novembro, seu livro Para ser feliz no amor, agora pela Editora Paulus e em formato de bolso.
O relançamento ocorrerá a partir das 19h, no Espaço União Livraria, no piso térreo do Jaú Shopping.

A partir de suas experiências como psicóloga, a autora sugere, na primeira parte, 13 atitudes que contribuem para um relacionamento sadio: evitar as mentiras, combater o ciúme excessivo, elogiar o outro e ser fiel são alguns exemplos.

Além disso, Maria Regina incentiva os casais a exercitar condutas que ajudam na construção de uma relação saudável. Para colaborar com os casais, o livro vem acompanhado de um pequeno “dado do amor”, que deve ser montado pelo próprio leitor a fim de realizar com a pessoa amada exercícios conjugais que irão apontar pontos negativos e positivos da relação.

Além das dicas e dos exercícios, a obra também oferece reflexões sobre a importância do sexo no matrimônio e mostra que ele deve ser encarado com maturidade. “Quando a performance física está acima da afeição, o sexo perde a serventia de aproximar as pessoas que se amam e se transforma em puro exibicionismo, assumindo um caráter egocêntrico e doentio”, alerta Maria Regina.

Em formato de bolso, Para ser feliz no amor – Incluindo os sete princípios dos relacionamentos duradouros pode ser considerado um pequeno guia para que os casais permaneçam unidos em saudável convívio durante toda a vida.

Maria Regina Canhos Vicentin é psicóloga, tendo trabalhado 19 anos com casais nas varas de família, infância e juventude, mais de 20 anos em consultório e mais de 10 anos proferindo palestras para casais (pastoral dos namorados, curso preparatório para noivos, ECC).

Serviço
Título: Para ser feliz no amor — Incluindo os sete princípios dos relacionamentos duradouros
Autor: Maria Regina Canhos Vicentin
Coleção: Vida Nova
Formato: 9 cm x 13 cm
Paginas: 168
Preço: R$ 12,00
Áreas de interesse: Autoajuda

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mulheres sem homens


Chega ao Brasil o livro Mulheres sem Homens, pela Editora Martins Fontes

A ficção de Shahrnush Parsipur manifesta-se a favor de relações mais harmônicas entre homens e mulheres na Pérsia. Sua narrativa conta a história de cinco mulheres no Irã que buscam escapar de suas mazelas cotidianas, à época do golpe de Estado dos anos 1950.

Virgindade, morte e renascimento, estupro, prostituição e casamento permeiam a espirituosa narrativa que mistura história, política e ficção.

As protagonistas desta trama fogem da realidade opressiva de suas vidas e se dirigem a um mesmo jardim, localizado em Karaj, próximo a Teerã. Um jardim metafórico, refúgio para suas fantasias, e lugar onde encontram seu próprio destino, por força do desejo ou do acaso.

Nesse espaço atemporal e utópico, Parsipur oferece a suas personagens a oportunidade de escapar dos sentimentos que as aprisionam. As similaridades entre os universos das mulheres iranianas e das mulheres ocidentais irão surpreender o leitor no Brasil. A capa da edição brasileira traz um trabalho da artista plástica brasileira Beth Moysés, Reconstruindo Sonhos (2005).

Serviço:
Mulheres sem homens
Autor: Shahrnush Parsipur
Editora : MARTINS MARTINS FONTES
Páginas : 136
Publicação : 2010
Preço : 28,90