"O ideal democrático melhor do que qualquer outro firma o culto dos grandes homens, fortalece a solidariedade humana e alevanta a justiça suprema da posteridade."
(Euclides da Cunha)
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
O copo
O copo jaz sobre a mesa, vazio, e fico a mirá-lo em minha inata curiosidade em descobrir se há algum simbolismo esotérico no fato de ele estar próximo à extremidade que aponta para o Sul.
Estamos em uma comunhão solitária e, em meu desarrazoado raciocínio, tenho comigo que ele também me fita. Seria ele, o copo, ou minha alma doente que estaría desejando ser novamente preenchida?
Infiro que seja o copo, até pelo jeito que ele se porta, com sua inquisitiva imobilidade, as bordas convidativas, prontas a receber qualquer coisa, desde que não perca sua função de objeto pelo qual se bebe. Mas não estou convicto.
O copo está vazio e me desafia, sem intentar, a embocar toda sabedoria e desgraça do mundo, com uma felicidade cega, que não sei de onde vem, mas que existe e traz ímpetos de festar por todo o sempre, mesmo que não haja razão, embora motivo sempre haja.
Percebo, então, que o copo pode, muito mais que eu, ter alguma serventia e rendo-me. O copo não mais está vazio; o vácuo é meu.
Estamos em uma comunhão solitária e, em meu desarrazoado raciocínio, tenho comigo que ele também me fita. Seria ele, o copo, ou minha alma doente que estaría desejando ser novamente preenchida?
Infiro que seja o copo, até pelo jeito que ele se porta, com sua inquisitiva imobilidade, as bordas convidativas, prontas a receber qualquer coisa, desde que não perca sua função de objeto pelo qual se bebe. Mas não estou convicto.
O copo está vazio e me desafia, sem intentar, a embocar toda sabedoria e desgraça do mundo, com uma felicidade cega, que não sei de onde vem, mas que existe e traz ímpetos de festar por todo o sempre, mesmo que não haja razão, embora motivo sempre haja.
Percebo, então, que o copo pode, muito mais que eu, ter alguma serventia e rendo-me. O copo não mais está vazio; o vácuo é meu.
O chef e compositor Giovanni Felippi
O talento do chef de cuisine Giovanni Felippi, não se restringe aos deliciosos pratos que prepara em seu restaurante, o Calzone, onde se come e se bebe bem em Jaú.
Em uma noite dessas, em que tudo clama por emergir e a Lua deve ter passado em Gêmeos, o homem resolveu registrar outra de suas habilidades, a de compositor, e gravou um videoclipe, que contou com a participação impagável de um de seus braços (não sei se o direito ou esquerdo), o Dema, e de outros colaboradores.
Com os leitores, compartilho o trabalho, que ele insiste em chamar de brincadeira, mas que ficou muito legal.
Em uma noite dessas, em que tudo clama por emergir e a Lua deve ter passado em Gêmeos, o homem resolveu registrar outra de suas habilidades, a de compositor, e gravou um videoclipe, que contou com a participação impagável de um de seus braços (não sei se o direito ou esquerdo), o Dema, e de outros colaboradores.
Com os leitores, compartilho o trabalho, que ele insiste em chamar de brincadeira, mas que ficou muito legal.
sábado, 27 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Poluidores
Alguns empresários ou seus prepostos que atuam na área de marketing insistem em uma prática assaz ultrapassada e incômoda: mandam jogar dentro das nossas casas panfletos e tablóides publicitários que servem apenas para sujar as garagens e varandas.
Esses porcalhões deveriam se emendar e parar definitivamente com essas ações poluidoras e antipáticas. Sajac e Cidacar (Volkswagen); concessionária Javep (Chevrolet) e J. Mahfuz são alguns desses maus exemplos que jamais devem ser seguidos.
O dia que der na telha, vou juntar toda essa papelada e jogar no pátio dessas empresas ou no interior das lojas, para que sintam o quanto é desagradável.
Esses porcalhões deveriam se emendar e parar definitivamente com essas ações poluidoras e antipáticas. Sajac e Cidacar (Volkswagen); concessionária Javep (Chevrolet) e J. Mahfuz são alguns desses maus exemplos que jamais devem ser seguidos.
O dia que der na telha, vou juntar toda essa papelada e jogar no pátio dessas empresas ou no interior das lojas, para que sintam o quanto é desagradável.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Folia
2h45 - Madrugada fria na véspera do início do Inverno de 2009, que vai durar 93,66 dias, segundo leio no site do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura.
Chegamos há pouco do bar do Boca, onde devoramos deliciosa picanha preparada com maestria pelo Valter Renan do Prado.
Contrariando as recomendações médicas de controlar meu colesterol, confesso que antes da carne tomei um bom prato de sopa de mandioquinha e mandei goela abaixo um delicioso ovo frito, acompanhado por singela farofinha. Ou seja, foi uma folia!
Agora, com o estômago mais acomodado, vou rechaçar o frio com uma boa talagada de licor de uísque, posto que ninguém é de ferro.
Volto em breve, se não explodir. Até.
Liberdade
"A liberdade, a verdadeira liberdade, não é uma coisa que se decrete, que possa sair do espírito dos legisladores, como Minerva, armada e pronta à realização da sua ingente tarefa. É como direito, um produto cultural das sociedades, e como tal evolve, seguindo a direção de um desenvolvimento superior da inteligência e dos sentimentos." (Euclides da Cunha)
sábado, 13 de junho de 2009
Ausente
Ela se ausenta, sei que por algumas horas apenas, mas meu coração talvez não o saiba e se aflige.
Tudo a minha volta tem um tanto de sua história, de seus e nossos momentos. A tela sobre o cavalete, o notebook aberto em sua mesa, as mensagens da cabala afixadas com alfinetes no suporte de cortiça, o violão que suas mãos criadoras dedilham com delicadeza...
Ando pela casa vazia, contendo no peito um choro que teima em explodir; uma e outra lágrima escapam e molham meu rosto na manhã fria de junho.
No quarto, sobre o camiseiro, estão os bonecos de pelúcia, os sapinhos, a tartaruga que ela apelidou carinhosamente de Zequinha. Cheiro suas roupas que descansam no mancebo e o casaco deixado sobre a cama ainda por arrumar. Em seu criado-mudo, ao lado da Bíblia, estão os óculos que emolduram o rosto mais lindo que já mirei. Choro sua falta, desbragadamente, desavergonhadamente.
Ela só foi ao cabeleireiro. Mas a distância me põe a morrer.
Tudo a minha volta tem um tanto de sua história, de seus e nossos momentos. A tela sobre o cavalete, o notebook aberto em sua mesa, as mensagens da cabala afixadas com alfinetes no suporte de cortiça, o violão que suas mãos criadoras dedilham com delicadeza...
Ando pela casa vazia, contendo no peito um choro que teima em explodir; uma e outra lágrima escapam e molham meu rosto na manhã fria de junho.
No quarto, sobre o camiseiro, estão os bonecos de pelúcia, os sapinhos, a tartaruga que ela apelidou carinhosamente de Zequinha. Cheiro suas roupas que descansam no mancebo e o casaco deixado sobre a cama ainda por arrumar. Em seu criado-mudo, ao lado da Bíblia, estão os óculos que emolduram o rosto mais lindo que já mirei. Choro sua falta, desbragadamente, desavergonhadamente.
Ela só foi ao cabeleireiro. Mas a distância me põe a morrer.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Cemitérios
Passear pelos cemitérios virou mania e fonte de turismo em diversas cidades da Europa e começa a atrair turistas e estudantes também no Brasil.
Em Jaú, o historiador Fábio Grossi dos Santos, que também é professor de história, costuma levar seus alunos ao Cemitério Municipal, em um tour histórico e arquitetônico.
"Levando o aluno, ou interessado, ao cemitério com um olhar direcionado para a reflexão, ele poderá conhecer outra forma de encarar a História", diz o pesquisador. "Poderá ver que não vai encontrar os fatos, nomes e datas somente nos livros e apostilas. Vai ver também que não é só isso que trata a História. No cemitério ele vai perceber, ao olhar os túmulos e seu contexto, que lá estão contidos dados sobre a cultura de seu povo, seus costumes, sua religião, crenças, seu cotidiano, as condições sociais e econômicas, a arte e muitas outras coisas; não só hoje, mas também das gerações passadas e assim, vai ter uma base comparativa para analisar a dinâmica de sua sociedade. Perceberá assim, que a História pode estar em tudo a sua volta", explica.
Uma das fotografias que constam em seu projeto "A História de Jaú contada por seu cemitério", é do túmulo de meu tataravô, Major Francisco de Paula Almeida Prado, o Major Prado, que tomo a liberdade de reproduzir no blog.
A propósito, também sou fascinado pela arquitetura dos cemitérios e suas esculturas tumulares.
sábado, 6 de junho de 2009
Dia D
Hoje se comemora o 65º aniversário do desembarque aliado do Dia D na costa francesa. No dia 6 de junho de 1944, a ação dos aliados destruiu o poderio nazista sobre a França e mudou o rumo da História.
Hoje também é dia do meu aniversário. Quarenta e cinco anos. Putz! Como tudo passa depressa. A tal meia idade é um tanto assustadora. Vou parafrasear (uns dizem que a frase é do Raul Seixas, outros que é do Silvio Brito): "Parem o mundo que eu quero descer".
Hoje também é dia do meu aniversário. Quarenta e cinco anos. Putz! Como tudo passa depressa. A tal meia idade é um tanto assustadora. Vou parafrasear (uns dizem que a frase é do Raul Seixas, outros que é do Silvio Brito): "Parem o mundo que eu quero descer".
terça-feira, 2 de junho de 2009
O bufão do Planalto
Foto: Valter Campanato/ABr
Esse néscio que aparece aí na foto, com cara de unha encravada, é o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, um sujeito inepto que no final de semana chamou os produtores rurais de "vigaristas".
Talvez, em sua inocente ignorância, imagine que verduras, legumes, arroz, feijão, frutas, frango e carne surjam, como que por milagre, nas prateleiras dos supermercados. É triste.
Em alguns países da Europa, como a França, quando a agricultura passa por crises e falta apoio governamental, a população urbana sai às ruas, em apoio irrestrito aos produtores. Sabem os europeus que o alimento servido à mesa, é fruto da atividade rural. Têm consciência de que a borracha dos pneus de seus carros vem da extração do látex de um seringal; que suas roupas de algodão só os vestem porque algum agricultor investiu na cultura do algodoeiro e por aí afora.
Só o bufão do Minc não sabe.
Esse néscio que aparece aí na foto, com cara de unha encravada, é o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, um sujeito inepto que no final de semana chamou os produtores rurais de "vigaristas".
Talvez, em sua inocente ignorância, imagine que verduras, legumes, arroz, feijão, frutas, frango e carne surjam, como que por milagre, nas prateleiras dos supermercados. É triste.
Em alguns países da Europa, como a França, quando a agricultura passa por crises e falta apoio governamental, a população urbana sai às ruas, em apoio irrestrito aos produtores. Sabem os europeus que o alimento servido à mesa, é fruto da atividade rural. Têm consciência de que a borracha dos pneus de seus carros vem da extração do látex de um seringal; que suas roupas de algodão só os vestem porque algum agricultor investiu na cultura do algodoeiro e por aí afora.
Só o bufão do Minc não sabe.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Frase
"Não se vê sob os céus, nenhum animal, nenhum ser, nenhuma criatura que não tenha o seu adversário. É a lei da natureza."
(La Fontaine)
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