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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Raul

No sábado, dia 24, eu e Léa arriscamos matar as saudades e reviver as composições de Raul Seixas, o eterno Maluco Beleza, na apresentação do Roberto Seixas, considerado o melhor cover do artista no Brasil.
Foi no Woodstock Music Pub e ficamos impressionados com a quantidade de gente que compareceu, jovens em sua maioria esmagadora.

Uma passagem, em particular, foi divertida. Uma jovem, conhecida da Léa, revelou surpresa com nossa presença.

- Vocês também curtem Raul?

Léa elegantemente limitou-se a responder um claro que sim e eu esforcei-me para conter o riso. Pensei, ato contínuo, em responder algo como: sim, garota, apesar de você achar que sou uma criatura pré-colombiana, sempre curti Raul. Mas calei.

Quando Raul Seixas estourou com seu segundo LP, Gita, em 1974, eu tinha apenas 10 anos e já era fã de algumas de suas músicas como Mosca na sopa e Metamorfose ambulante, que haviam sido lançadas no ano anterior. Seus maiores sucessos me foram apresentados por minha mãe, que tinha um eclético gosto musical e adorava o bruxo.

No ano em que ele morreu, em 1989, eu contava com 25 anos na cacunda e posso dizer que acompanhei grande parte de sua carreira, embora jamais tenha estado de corpo presente em uma apresentação musical do artista.

Uma vez surgiu uma oportunidade, não me recordo o ano, talvez 1981, quando ele se apresentaria no lendário Festival de Águas Claras, em Iacanga. Estava tudo combinado, seguiríamos em quatro ou cinco amigos, mas a coisa não virou. Creio que por falta de grana, não sei bem, minha memória não é mais a mesma.

De qualquer forma, foi legal constatar que o bruxo é atemporal e continue fazendo sucesso danado entre a rapaziada. Valeu! Essa foto aí, tirei lá, com o celular.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Escrever

Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar

(João Cabral de Melo Neto - 1920-1999)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Poluição

É uma afronta sem tamanho deparar, todos os dias, com folderes publicitários que as pessoas atiram na garagens de nossas residências.

Em Jaú, onde moro, é uma prática comum. A casa na qual habita minha família tem uma garagem com portão de grade que dá para a calçada, o que facilita a ação.

Como não bastasse colocarem panfletos sob o limpador de pára-brisa do veículo, quando está para fora, agora deram para poluir nossas garagens com todo esse lixo publicitário.

Não sei se os comerciantes que patrocinam a impressão e distribuição desses folderes atinaram para a chatice que é ter de recolher um amontoado de papel diariamente e jogar tudo no lixo. Deveriam pensar melhor a respeito.

Vou dar nome aos bois ou, melhor, aos poluidores. Em apenas um dia, atiraram para dentro um exemplar de um jornal chamado Folha Universal, panfletos de uma financiadora chamada Finamax, do centro de formação profissional H&S, do supermercado Ferracini, da Le Glamour moda íntima, do restaurante Frango na Brasa, da loja Seller, do Pet cursos profissionalizantes e folderes convidando rapazes e moças a ingressar na carreira militar. Olhaí, cambada. Ainda fiz propaganda para vocês de graça, sem poluir.

Os proprietários e gerentes dessas empresas deveriam se envergonhar de andar na contramão. Chega de poluir nossas casas! Emporcalhem seus próprios negócios e nos deixem em paz. Tenho dito.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Números

Depois de alguns dias chuvosos em Poços de Caldas, estamos de volta a Jaú para enfrentar 2009 e seus desafios.
A numerologia diz que estaremos todos sob a vibração cósmica do número 2 (resultado da soma de 2009 - 2+0+0+9= 11 e 1+1=2) - um dígito que, segundo os numerologistas, permite a aproximação de opostos.
Ainda não sei o que pensar sobre esses temas, confesso. Nunca me dei bem com números. Até minha santa mãezinha, já falecida, certa feita perdeu sua inesgotável paciência comigo, tentando explicar a operação matemática de dividir. Como eu não compreendesse, ela partiu em dois um lápis, lançou-me um olhar definitivo, e pôs-se a repetir: dividir, dividir! Aí, aprendi.
Mas minhas dificuldades com os algarismos permaneceram por toda a eternidade. Foi só depois dos 40 que consegui decorar o número de minha cédula de identidade, o R.G. E que ninguém me pergunte os números de meu CPF, do registro profissional de jornalista e da minha inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), porque não saberei responder. Tenho de consultar sempre.
De qualquer forma, queira Deus que o ano que principia transcorra sem muitos atropelos. Que os opostos realmente se aproximem, amém.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Poços é tudo de bom



Os primeiros dias de 2009 têm sido chuvosos em Poços de Caldas. Mas estão uma delícia!

O Ano Novo principiou com os champanhes espocando e um grupo musical a executar algumas coisas de gosto duvidoso no Hotel Minas Gerais, mas entramos na dança assim mesmo.

A ação física de um piá que brincava com uma enorme bexiga ao lado de nossa mesa, me deixou um tanto contrafeito. Não deu outra: o balão caiu sobre minha taça e tomei verdadeiro banho de champanhe. Sorri um sorriso amarelo para os pais do guri e controlei minha vontade de entornar a garrafa sobre os três. Fiquei mais calmo depois de Léa dizer que isso dá sorte. Oxalá!

Os dias que se seguiram foram de farta programação. Passeamos muito, revimos alguns locais, como o Recanto Japonês (esse aí na foto), conhecemos outros tantos, tudo realmente muito gostoso. Algumas passagens pretendo detalhar em postagens futuras.

Feliz 2009 a todos!