Advogados

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lançamento de Prosa Fiada


O jornalista José Renato de Almeida Prado, de Jaú, lançou e autografou no dia 24 de agosto, na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, seu livro de crônicas Prosa Fiada e outros goles, editado pela Scortecci Editora.
O livro, com 124 páginas, traz memórias, fatos pitorescos e devaneios do autor, de forma despretensiosa e bem-humorada. As crônicas cobrem um período que vai de 1986 até o presente e mostram que a mais simples história tem de estar sempre registrada.
“No livro há observações afiadas e sutis, reminiscências fascinantes e anedotas admiráveis”, escreveu o jornalista Eduardo Reina, do jornal O Estado de S. Paulo, que prefacia a obra. “Um texto impecável retrata um grande leque de personagens e lugares, sob o ponto de vista de um homem solidário.”
Segundo Almeida Prado, trata-se de um livro com histórias leves, outras nem tanto, mas todas com o único propósito de entreter. “Não tenho a pretensão de convidar ninguém a reflexões profundas acerca de nada”, diz. “São prosas como as que se contam na mesa de um bar.”
Paulistano radicado em Jaú, José Renato de Almeida Prado é jornalista e advogado e há 22 anos exerce a função de repórter, período também dedicado às crônicas, contos, artigos e outros causos.
Prosa Fiada e outros goles será lançado na sexta-feira, dia 17 de outubro, às 20h30, em Jaú, no General Bar, na Avenida Rodolpho Magnani, 613


Serviço:

Prosa Fiada e outros goles, de José Renato de Almeida Prado
Dia 17 de outubro (sexta-feira), a partir das 20h30
Local: General Bar – Avenida Rodolpho Magnani, 613, Jaú/SP



Trechos do livro:


“Na minha adolescência, o ritual de passagem para a vida adulta era menos complicado. Comumente se dava nos lupanares que ainda restavam em Bauru. A não ser que se tivesse uma fimose, era absolutamente indolor. E quando queríamos resgatar alguma prática ancestral, enchíamos o pote e arrumávamos uma briguinha aqui, outra acolá.”
(Da crônica Seres em extinção)


“Elymei era o nome da boneca gigante. Embora considerada antiga para um brinquedo, ainda estava conservada, malgrado as condições de abandono às quais fora submetida. Insistia em dar seu depoimento, mas os humanos pareciam não entendê-la. Repetia incessantemente que era vítima de um lar desestruturado e que sua dona premeditara sua destruição ao atirá-la nas águas barrentas do rio. Fui posta deitada no banco do acompanhante e quando fico na horizontal minhas pálpebras se fecham, relatava. Dormia, quando fui arrebatada! Abri os olhos estremunhada e, quando dei por mim, estava sendo arremessada. Por que não me ouvem?”
(Da crônica Equívocos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário