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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Zero faz 35 anos

O escritor Ignácio de Loyola Brandão autografou no dia 4 de outubro, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, São Paulo, a edição comemorativa dos 35 anos do livro Zero.

O evento tinha como objetivo celebrar a edição especial que a Global Editora preparou a partir de um projeto gráfico inovador, assinado pelos designers gráficos Eduardo Okuno e Mauricio Negro. Nesta edição, o leitor pode conferir as capas de todas as edições publicadas no Brasil e no exterior e cem páginas com o making off da obra.

O livro é, segundo a crítica, a obra que melhor descreve o que foram os anos de chumbo no Brasil. Sua primeira edição foi publicada na Itália em 1974 e somente um ano depois veio a ser lançada no Brasil. Em julho de 1976, recebeu da Fundação Cultural do Distrito Federal o prêmio de Melhor Ficção, e, no dia 20 de novembro, foi censurado pelo Ministério da Justiça. Sua venda foi proibida em todo o território nacional e liberado apenas em 1979.

Na época da ditadura ou nos "anos de chumbo", como preferem alguns, Loyola era secretário gráfico do jornal Última Hora. Naquela época, os censores instalados nas redações vetavam muitas de suas matérias, e as que não passavam iam parar numa gaveta. Com o passar do tempo, essas inúmeras matérias, mais de 4 mil páginas, acabaram se tornando o embrião do Zero. "Passei um bom tempo selecionando o material, algumas coisas eu descartava, outras eu acrescentava com alguma informação a mais, e assim foi nascendo o Zero”, explica Loyola.

Esta edição comemorativa do Zero custa R$ 65 e está distribuída em todo o Brasil.

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