Advogados

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mario Garrone lança seu 2º livro



O jornalista e escritor  Mario Garrone lança pela Chiado Editora, de Portugal, seu segundo romance, Pequeno Relato sobre o Caos.

A editora com sede em Lisboa é especializada na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos.

A obra mostra como uma cabeleireira negra de 43 anos e um jovem loiro de 19 anos, juntos, podem dar o que falar. E fazer porteiros de prédios desconfiarem e comentarem sobre a conveniência e pertinência de uma mulher negra entrar em um edifício residencial na região da Avenida Paulista sem ser para limpar, cozinhar, lavar e passar.

Paralelamente, há a história do advogado aposentado Alcibíades, que aos 83 anos viaja a Paris com a mulher Dircinha para festejar as bodas de ouro do casal. A paz na vida dele termina em seu retorno ao Brasil.

Nascido em São Paulo e formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Mario Garrone, também é autor do livro O Homem Infeliz, publicado pela editora Imago, do Rio de Janeiro.

Pequeno Relato sobre o Caos pode ser comprado no site da editora www.chiadoeditora.com ou no site www.wook.com.



domingo, 22 de abril de 2012

Geração em 140 caracteres

A Geração Editorial disponiliza para download gratuito o e-book com os contos vencedores do Concurso de Minicontos realizado em 2011. Os textos, produzidos por diversos autores, têm até 140 caracteres. Também estou lá, na página 90, com o miniconto O Copo.

A editora é a mesma que publicou o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que se debruça sobre a chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, o ex-governador de São Paulo, José Serra.

Aos que quiserem dar uma olhadela no e-book com, é só acessar um dos links abaixo.
PDF:
http://www.geracaoeditorial.com.br/geracao140caracteres.pdf
ZIP: http://www.geracaoeditorial.com.br/geracao140caracteres.zip

quarta-feira, 28 de março de 2012

Salve, Millôr! Até qualquer hora!


Deve-se beber moderadamente, isto é, um pouco todos os dias. Isso não sendo possível, beber muito, sempre que der. Mas o abuso, como a moderação, tem que ser aprendido. O amador que abusa tende a ficar desabusado."

Millôr Fernandes

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eduardo e Mônica (versão para jornalistas)

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Quando se escolhe essa profissão?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu o livro, mas não quis nem estudar
As teorias que os mestres deram
Enquanto a Mônica tomava um esporro do editor
No fechamento, como eles disseram.

Eduardo e Mônica um dia se trombaram sem querer
A fumaça tava forte, foi difícil de se ver
Um carinha da facul do Eduardo que disse
“Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir”
Gente estranha, festa de jornalista
“Eu não tô legal, já fumei mais que devia”
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o mundinho que ele prometeu mudar
E o Eduardo, com larica, só pensava em ir pra casa
“A geladeira eu quero atacar”.

Eduardo e Mônica trocaram seus e-mails
Depois se escreveram e decidiram tuitar
O Eduardo sugeriu um call no Skype
Mas a Mônica queria ir pro Messenger teclar
Se encontraram ainda lá no tal de Orkut
A Mônica sem foto e o Eduardo sem cabelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina escrevia com um zelo.

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ele tinha ilusão, ela sabia economês
Ela falava de finanças, cedebês e inflação
E ele ainda maltratava o português
Ela gostava do Basile, do Furtado
Do Marx, do Stiglitz, do Yunus e Cournot
E o Eduardo era um puta Zé Ruela
E vivia dia e noite vendo site pornô.

Ela falava coisas sobre a função social
Também de lead e do pescoção
E o Eduardo ainda tava no esquema
Adorno, cerveja, truco e Enecom.

E mesmo com tudo diferente
Veio mesmo de repente
Uma vontade de se ver
Os dois sonhavam transar todo dia
Só que dela a rotina era bem de foder (er-er).

Eduardo e Mônica estudaram locução, assessoria
Web, fotografia, pro CV melhorar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre fontes, off e formas de apurar.

Ele aprendeu a escrever, pegou o gosto por ler
E decidiu estagiar (não!)
E ela até chorou na primeira vez
Que ouviu a voz dele ir pro ar
E os dois já trabalharam juntos
E cobriram pautas juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que a vida foi malucamente bela
Por ter juntado os dois.

Construíram os seus blogs uns seis meses atrás
Logo após que os passaralhos vieram
Batalharam frilas, mendigaram geral
Por muito pouco o fiofó não deram.

Eduardo e Mônica viraram assessores
Levantaram uma grana, já fizeram prestação...
Só que a vida dura não vai acabar
Porque na agência tem perrengue e a mesma ralação.

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Quando se escolhe essa profissão?
E quem irá dizer
Que não existe razão?