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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Marcha da Quarta-feira de Cinzas


Acabou nosso carnaval

Ninguém ouve cantar canções

Ninguém passa mais brincando feliz

E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou


Pelas ruas o que se vê

É uma gente que nem se vê

Que nem se sorri

Se beija e se abraça

E sai caminhando

Dançando e cantando cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar

Mais que nunca é preciso cantar

É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem

Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir

Voltou a esperança

É o povo que dança

Contente da vida, feliz a cantar

Porque são tantas coisas azuis

E há tão grandes promessas de luz

Tanto amor para amar de que a gente nem sabe


Quem me dera viver pra ver

E brincar outros carnavais

Com a beleza dos velhos carnavais

Que marchas tão lindas

E o povo cantando seu canto de paz

Seu canto de paz


(Composição: Vinicius de Moraes / Carlos Lyra)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Folguedos Momísticos



Hoje vamos conferir o Baile de Máscaras do Jahu Clube.

Cá estou com calças brancas, camiseta listrada e meu inseparável chapéu Panamá, tal qual malandro de antigamente.

Só não sei ao certo como vou usar máscaras com esses óculos que sou obrigado a usar, posto que tenho os olhos míopes e astigmáticos.

Mas para tudo se dá um jeito e o que restar de mim retorna em breve para postar as novidades.

A todos um bom carnaval, divirtam-se, paz e bem.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Medo de dirigir


Minha Carteira de Habilitação traz que estou apto na Categoria C, que permite conduzir até pequenos caminhões utilizados em transporte de carga. Não obstante, tenho uma aversão enorme a dirigir veículos motorizados. Qualquer um. Enquanto a artrose não me pegar, confio mesmo é em minhas pernas e pés para me transportarem.

Está certo, está certo, admito. Aversão foi uma palavra inadequada. Verdade, verdadeira, sou vítima da chamada fobia de dirigir, que deve ter começado logo nos primeiros dias em que me vi com a carteira de motorista.

Emprestara um velho Fusca marrom de meu pai, para sair à noite, e ao tentar executar minha primeira baliza, na área central da cidade, acabei fazendo com que o carro abalroasse o veículo que se encontrava estacionado atrás. Nada sério, uma encostada, quase um beijo.

Havia muita gente na calçada e logo se formou uma platéia. Lembro-me de ter visto uma garota muito da chata gritando que eu permanecesse no local. Ela iria chamar o proprietário do carro. Mais pessoas se achegavam, pareciam brotar do asfalto. Estão todos rindo de mim, pensei, já em pânico. Houve, então, que em uma atitude de auto-preservação, engatei a primeira e volatilizei. Não porque pretendesse fugir à responsabilidade e, sim, porque precisava por um fim àquelas sensações corpóreas desagradáveis. Estava sucumbindo diante daquela multidão, dos risos, perdendo o controle.

Isso se deu há 27 anos e desde então nunca mais me atrevi a fazer uma baliza. Um divã talvez resolvesse tudo, mas não tive iniciativa para tanto. Continuei a dirigir, embora só o faça até hoje quando extremamente necessário. A falta de autoconfiança me impôs uma série de limitações e, não raro, só de pensar em assumir o volante provoca ansiedade, taquicardia, essas coisas. Não consigo ter familiaridade com as máquinas. Admiro-as por belas que algumas são, mas sempre olho com desconfiança. “Entro em vocês, mas não assumo a direção, nem adianta se insinuarem.” Tudo bem. Poderia ser pior: há pessoas que têm medo de banho, por exemplo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Brasil deveria seguir exemplo de Minas

Uma notícia sobre o carnaval em Minas trouxe tênue esperança de que nem tudo está completamente perdido.

Deu na Agência Estado: três das mais visitadas cidades do circuito histórico de Minas Gerais - Ouro Preto, Mariana e São João Del Rey - vetaram axé, funk, rock ou sertanejo nos dias de folguedos momísticos.

Em programações patrocinadas pelas prefeituras e nos espaços públicos, só sambas e marchinhas de carnaval poderão ser executados nas festas. A medida, segundo a Agência, integra o projeto Carnaval das Cidades Históricas para resgatar o "carnaval de antigamente".

Minhas escusas aos apreciadores, mas penso que seria ótimo se o País inteiro adotasse permanentemente – e não só no carnaval - o veto a esses gêneros. Mesmo que fosse por Emenda Constitucional.

Exceção aos sertanejos raízes (leia-se Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Rolando Boldrin, Adauto Santos, Renato Teixeira, Almir Sater, Sérgio Reis e outros poucos contemporâneos)

APL elege novo acadêmico

No próximo dia 12 de fevereiro, quinta-feira, a Academia Paulista de Letras (APL) elegerá o imortal que ocupará a cadeira nº 12, aberta em 12 de setembro de 2008, com o falecimento do jornalista e escritor Benedicto Ferri de Barros. São candidatos os escritores: Afiz Sadi, Alex Oliveira Rodrigues de Lima, Evanil Pires de Campos, João Natale Neto, José Renato de Almeida Prado e Paulo Nathanael Pereira de Souza.

Após essa eleição, faltará o pleito para a composição da cadeira nº 36, vaga com o falecimento de Esther de Figueiredo Ferraz, para que a composição da APL fique completa. Apesar das eleições, a APL continua tentando angariar recursos pela Lei Rouanet para restaurar a sede antes das comemorações do centenário, que acontece no dia 27 de novembro deste ano.

Informações à Imprensa:
AZ Brasil Assessoria & Comunicação
55 11 3013-7506/3452-5814/9974-7473/7661-3256
Fernanda Campos - fernanda@azbrasil.jor.br;
Luís Fernando Zeferino - fernando@azbrasil.jor.br;

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Árvores

Vejam só que bom se a coisa virar. Recebo da Sociedade Brasileira de Silvicultura a informação seguinte:

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que obriga montadoras de automóveis a plantar árvores em número proporcional à quantidade de veículos que produzirem, independente de serem utilitários, caminhões ou máquinas agrícolas.

Para veículos até mil cilindradas, a montadora deverá plantar uma árvore; de mil a duas mil cilindradas, duas árvores; e três árvores para cada veículo com mais de duas mil cilindradas.

Para a montadora que não quiser colocar as mãos na terra, o projeto prevê o repasse ao Ibama do valor correspondente ao custo do plantio. O projeto ainda vai ser analisado em três Comissões.

Tenho cá minhas dúvidas de que o projeto será aprovado, mas não custa fazer figa e torcer.